NOVO GOVERNO NOVA ESPERANÇA?

Alguns blogues, ditos de professores, deitaram-se a “adivinhar” quem seria o novo ministro da Educação, mas não se lembraram que o secretário de Estado Adjunto e da Educação João Costa podia subir a ministro. Tais blogues foram lançando nomes semanalmente para a praça pública, pois quanto mais polémicas suscitam, maior é o número de visitantes e de comentadores e é disso que eles vivem. Quantos mais leitores mais publicidade e maiores lucros para os donos e colaboradores dessas redes sociais de tipo comercial.

Já as associações sindicais de docentes dependem apenas dos seus associados, que são quem paga as quotas e quem mandata a respetiva Direção Nacional para lutar pelos interesses legítimos dos seus representados junto das entidades patronais, públicas ou privadas.

A escolha de Elvira Fortunato para ministra da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior foi recebida de forma positiva pelo nosso SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR. Já a subida de João Costa a ministro suscita-nos um misto de expectativas: por um lado está nos sucessivos governos há seis anos, os quais não vieram ao encontro das nossas reivindicações mais importantes; por outro lado, Costa já conhece os assuntos controversos, e precisamente por isso, não vai beneficiar, por parte dos professores, do habitual “estado de graça” em início de funções.

O novo Governo da República será empossado quarta-feira e posteriormente irá à Assembleia da República para apresentação, discussão e votação do respetivo Programa de Governo. Só aí saberemos quais as medidas que se propõe executar ao longo da próxima Legislatura (desta vez, com mais de quatro anos e meio e com maioria absoluta…).

Porém, qualquer que seja esse Programa, a Pró-Ordem e o SINDICATO DOS PROFESSORES DO ENSINO SUPERIOR irão ser recebidos pela nova equipa governativa à qual iremos apresentar de viva-voz o nosso caderno reivindicativo do qual consta, nomeadamente, a progressão nas carreiras, critérios mais justos nas avaliações, contagem do tempo de serviço, novos concursos e redução da burocracia pedagógica. Sem esquecer que a inflação (tal como a guerra na Europa, infelizmente) está a escalar e a atualização de salários e aposentações para o corrente ano de 2022 não poderá ficar apenas pelos 0,9% previstos.